Tem dias que eu me sinto tao fracassada, tão injustiçada, tão abandonada.
Tudo dói. Pensar dói, não pensar também, porque não temos o controle sobre isso. Chorar dói, tentar segurar o choro dói mais ainda. Ser fútil as vezes me parece a unica saída, fútil no sentido de uma pessoa egoísta, desligada de tudo sabe, não ligar para nada nem ninguém, e arcar a essa escolha, isolamento total, e aí se for importante a gente até sai da clausura, mas também não conseguimos fazer isso e então, percebemos que conviver com esse vazio é um desafio e nestas horas de luta perceber que o sofrimento do outro pode ser maior, faz-nos de alguma forma nos sentir normal.
Tudo dói. Pensar dói, não pensar também, porque não temos o controle sobre isso. Chorar dói, tentar segurar o choro dói mais ainda. Ser fútil as vezes me parece a unica saída, fútil no sentido de uma pessoa egoísta, desligada de tudo sabe, não ligar para nada nem ninguém, e arcar a essa escolha, isolamento total, e aí se for importante a gente até sai da clausura, mas também não conseguimos fazer isso e então, percebemos que conviver com esse vazio é um desafio e nestas horas de luta perceber que o sofrimento do outro pode ser maior, faz-nos de alguma forma nos sentir normal.
Talvez aquele ditado popular de que em terra de cego quem tem um olho é rei, pode representar um pouco, e aí me entupo de videos bem apelativos, de videos chocantes e de historias insuportavelmente duras para serem narradas, onde famílias inteiras são dizimadas. Onde pais perdem, dois, três ou todos os filhos, e tento acompanhar na net a vida daquela família. Procuro a edição de outros vídeos, informações nos noticiários e blogs locais e comentários posteriores, e quando percebo que o tempo passa e que as pessoas tocaram as suas vidas, eu penso, pode ser que dê certo para mim também.
Estranho isso. Por que a gente tem que passar por isso. Tem horas que concordo com o texto de Pedro Bial sobre morte. É ridículo mesmo morrer. E tudo que deixa de ser por conta daquele segundo que altera sua condição humana. E tento ser um pouco Deus, imaginando como seria diferente se...
Será mesmo que existe alguém que perca um filho e só dê gloria a Deus. Que não chore, nem sofra, que toque a vida só por conta de sua fé, e porque crê sobriamente que essa vida não tem tanto valor, e que feliz aquele que já se encontra no Reino do Senhor. Será que tem alguém assim? Alguém que chega do cemitério e se desfaz de tudo, das coisas, do quarto, das roupas e não vive do passado, e só pensa no futuro eterno ali na frente?
É tão esperado morrer. Tão certo. É tão normal no mundo atual as mazelas da sociedade e a incerteza de voltar para casa com vida. De encontrar uma bala perdida, de ser picado por um mosquito e ter hemorragia fatal na porta do hospital, de ser espancado em frente a casa, de ter uma dor e não ter diagnostico e receber a certidão de óbito em seguida, de morrer de stress, de sucumbir a um ataque cardíaco, de morrer por diabetes, de morrer de acidente, de morrer de queda, cada vez é mais incomum a gente ouvir que as pessoas morrem de velhice.
Ultimamente a gente ouve, o pai de fulano faleceu. Perguntamos, quantos anos, e falam 62 e a gente diz, meu Deus tão novo, e foi o que? E e seguida descobrimos, ele morreu de tal coisa, e ano que vem ia se aposentar, ou ia viajar, ou ia fazer o que esperou a vida inteira para fazer e não deu tempo. E a gente sente a dor e fica compadecido da família. Mas quando a noticia leva um jovem, parece que não combina. É uma sensação de derrota, de inconformismo, de pesar...não só pelo fato em si, mas por tudo que não foi vivido. Queria citar Pedro Bial aqui, quando ele diz : "Tendo mais de cem anos de idade, vá lá, osono eterno pode ser bem-vindo. Já não há mesmo muito a fazer, o corpo não acompanha a mente, e a mente também já rateia, sem falar que há quase nada guardado nas gavetas. Ok, hora de descansar em paz. Mas antes de viver tudo? Morrer cedo é uma transgressão, desfaz a ordem natural das coisas. Morrer é um exagero. "
Hoje eu vi durante minha insonia noturna convencional e parte da tarde em que brigava com minhas lembranças, alguns vídeos onde o exagero da morte prematura se fazia presente na vida de muitas outras famílias, e assim, vendo a transgressão tocar a vida do outro, e no choro e na dor do outro, vertia as minhas lágrimas de saudades.
Estranho isso. Por que a gente tem que passar por isso. Tem horas que concordo com o texto de Pedro Bial sobre morte. É ridículo mesmo morrer. E tudo que deixa de ser por conta daquele segundo que altera sua condição humana. E tento ser um pouco Deus, imaginando como seria diferente se...
Será mesmo que existe alguém que perca um filho e só dê gloria a Deus. Que não chore, nem sofra, que toque a vida só por conta de sua fé, e porque crê sobriamente que essa vida não tem tanto valor, e que feliz aquele que já se encontra no Reino do Senhor. Será que tem alguém assim? Alguém que chega do cemitério e se desfaz de tudo, das coisas, do quarto, das roupas e não vive do passado, e só pensa no futuro eterno ali na frente?
É tão esperado morrer. Tão certo. É tão normal no mundo atual as mazelas da sociedade e a incerteza de voltar para casa com vida. De encontrar uma bala perdida, de ser picado por um mosquito e ter hemorragia fatal na porta do hospital, de ser espancado em frente a casa, de ter uma dor e não ter diagnostico e receber a certidão de óbito em seguida, de morrer de stress, de sucumbir a um ataque cardíaco, de morrer por diabetes, de morrer de acidente, de morrer de queda, cada vez é mais incomum a gente ouvir que as pessoas morrem de velhice.
Ultimamente a gente ouve, o pai de fulano faleceu. Perguntamos, quantos anos, e falam 62 e a gente diz, meu Deus tão novo, e foi o que? E e seguida descobrimos, ele morreu de tal coisa, e ano que vem ia se aposentar, ou ia viajar, ou ia fazer o que esperou a vida inteira para fazer e não deu tempo. E a gente sente a dor e fica compadecido da família. Mas quando a noticia leva um jovem, parece que não combina. É uma sensação de derrota, de inconformismo, de pesar...não só pelo fato em si, mas por tudo que não foi vivido. Queria citar Pedro Bial aqui, quando ele diz : "Tendo mais de cem anos de idade, vá lá, osono eterno pode ser bem-vindo. Já não há mesmo muito a fazer, o corpo não acompanha a mente, e a mente também já rateia, sem falar que há quase nada guardado nas gavetas. Ok, hora de descansar em paz. Mas antes de viver tudo? Morrer cedo é uma transgressão, desfaz a ordem natural das coisas. Morrer é um exagero. "
Hoje eu vi durante minha insonia noturna convencional e parte da tarde em que brigava com minhas lembranças, alguns vídeos onde o exagero da morte prematura se fazia presente na vida de muitas outras famílias, e assim, vendo a transgressão tocar a vida do outro, e no choro e na dor do outro, vertia as minhas lágrimas de saudades.
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