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domingo, 13 de maio de 2012

ACORDEI MAS O DIA NAO HAVIA ACABADO

Muitas postagens, e-mails e ligações perdidas...diziam feliz dia das mães...Como? Feliz de que jeito? Mae de quem? Meu filho morto, duro, frio, nada de poetico ou maternal para esse dia...nem o sono foi generoso o suficiente para cobrir todas as 30 horas previstas.  Mas nem eu, nem as pessoas mais próximas tinham condição de discernir o que fazer.

Sei que as pessoas imaginam o quanto seria difícil o dia, sei que pensavam em mim, sei que sentiram emoções que apertam o coração ao imaginar que uma mãe seja obrigada a ver todas as promoções, invenções, liquidações, ações, homenagens, propagandas e tudo mais, sem poder ter seu filho, sem poder ver seu filho, ou seja, sem ser mãe.

Então ainda no fim do dia, quando infelizmente o boa noite cinderela acabou, a mesma sensação de vazio, de tristeza, de pesar estavam aqui, apunhalavam meu coração, as lembranças boas vividas com Rafa são insuficientes para acalmar a sensação de perda e vazio no dia de hoje. A falta é absurda, irreparável.

As pessoas não entendem e as vezes não aceitam, mas eu queria um motivo para estar acordada, por minha mãe, meus irmãos, mas era maior que eu a vontade de não ver esse dia se arrastar.  Dia das mães é todo dia, mas vamos combinar que no segundo domingo de maio, a gente transforma o dia comum, num dia especial.  O meu deixou de ser.

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