Total de visualizações de página

segunda-feira, 30 de julho de 2012

ONDE ESTA VOCÊ AGORA?

Tanta coisa para começar...tanta coisa por fazer...tanta coisa a ser dita, medida, calada, transgredida.

Tantas vezes quis correr, fugir, sumir. Rafa, quantas vezes quis correr ao teu encontro, quis explorar cada pedaço de mim, quis mergulhar nas lembranças para submergir em você.

Tanta coisa, tanta gente, quantas vozes...e o seu silencio me gritando filho. E essa jaula de dor que nos cerca e nos prende. Como ser leve com essa algema de saudade? Como crer que passa, se desacreditamos de tudo, de mim, de você...da vida.

Eu queria sair para te encontrar, sair para te ver, ou quem sabe ficar e te esperar, mas por onde começar, por onde?

Ter certeza que não volta é tão assustador e doloroso como querer  te buscar, e as duas coisas funcionam concomitantemente, e eu sinto, sinto muito, ficar dividida entre as duas coisas porque se por um lado a cabeça entende, o coração não aceita e por outro a razão justifica a desnecessidade disso tudo e o coração se compadece da razão, porque ela deixou de ser exata e passou a ser humana.

Como me convencer que isso era o que tinha que acontecer. Como me convencer que mães ficam sem filhos, e que vivem, e que andam, e que trabalham, e que dormem, e que comem, e que riem sem culpa, e que sonham em ser felizes, e que dor vira saudade branda, branca e de paz?

A pergunta que não cala nunca: onde está você agora?  Como vivo sem você? Meus braços precisam de seus abraços, eu preciso de seu beijo para respirar, não sei se sabia filho, mas meu ar passava por sua vida, sem ela me falta inspiração para continuar. Você era o sopro de vida de Deus para mim...tá doendo filho, tá doendo.

Hoje eu cozinhei pela primeira vez um almoço para sua amiga. Fiz as três refeições. Arrumei a mesa, e sentei em seu lugar...mas não tinha seu copo, sua xícara ou seu prato, não tinha você. Em seu lugar, alguém que não se vê no espelho, porque não se enxerga insistindo em te ver cada vez mais e mais, eu ocupei o seu lugar a mesa, e olhava sua amiga e desejava te ver ali conosco.

Nenhum comentário:

Postar um comentário