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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

A CHUVA MOLHA TODO MUNDO, INCLUSIVE AS DEBORAS


Quinta feira a noite, e eu me deparo com uma noticia que mais uma vez corrói a alma. Outra mãe acaba de perder um filho. Ela nunca ouvi falar, nao a conheco apenas sei o que fazia, porque era coordenadora de um grupo de oração no sul do pais. O Desoerta Déboras, do qual ja participei, e acredito ser um dos movimentos mais lindos que já vi, alem das historias mais incríveis de superacao e milagres de Deus nas familias.


Larissa perdeu seu filho de 09 anos. Nesta hora pensei, por que o filho dela? Acho que essa pergunta sempre vem a tona, toda vez que me deparo com uma historia de morte de filho. Também é comum neste meu processo comparar as maes, os filhos, as dores, que por imbecilidade minha, era como se eu medisse que mães e que filhos mereciam continuar juntos. Tipo, se eu fosse melhor, ou tanto quanto fulana e sicrana, talvez meu filho tivesse sido poupado, ou o contrario, meu Deus por que o meu filho, e não o filho de beltrana. Eu sei que horrível dizer isso, mas confesso que pensei algumas vezes. Quantas vezes nos surpreendemos com alguns comentários de pais sobre os fihos, e nos perguntamos, por que comigo pai? No dia mesmo que esperava a liberação do corpo do meu filho, haviam dois pais no IML maldizendo os filhos que estavam fazendo identificaçao para serem custodiados ao reformatório. E eu daria tudo pelo meu.

Quando ouço o slogan das Deboras que defendem que maes de joelhos (intercedendo e orando pelos seus filhos) para que eles fiquem de pé. A gente não imagina que coordenando um grupo desse e intercedendo pelos filhos, a morte, a desolação e a perda bata nestas tendas. A gente pensa assim, na minha tudo bem sou uma pobre mortal, mas na dela Senhor, ela levou a serio seu chamado. E ontem mesmo lembrei de meu pastor ao me consolar falando de um pastor que perdeu o filho, na época de lá da igreja e ele mesmo fez o culto de açao de graças pela vida do filho. Para mim é como pai medico que perde filho na mesa de cirurgia, como pai socorrista que não consegue salvar o filho, etc.

Escrevo hoje de frente para o mar, contemplando a natureza perfeita de Deus. O mar verde, calmo, tranquilo, como um dia já foi a minha vida, e como a de Larissa foi ate ontem.

A morte de nossos filhos agita nossas águas a ponto da ressaca do mar esvaziar toda a nossa água. É a sequidão da qual tanto falo. Olho em volta e vejo tudo que Deus construiu, uma sincronia tão perfeita da natureza, mas não me conformo com essa finitude pontual. Nao que seja imperfeito a criação de Desus, mas o nosso processar sobre ela sim. 


Olho as águas tranquilas e penso no maremoto que desce dos olhos de larissa nesta hora, e amanha de Sonia, 11 meses sem Vinícios, e nos dias que se passam e que ficam marcados nao só nas folhinhas mas em cada cravejada da saudade que dilacera nossos corações.

Penso nestas águas, e sonho com o dia em que o rio de aguas vivas flua novamente em nossas vidas, nas vidas de todas as maes que mesmo nao sendo Deboras, intercederam por seus filhos e mesmo assim, eles nos foram tirados tao precocemente.

Queria acabar hoje ouvindo aquela cantiga para me ninar....

Um louvor...que diz assim: existe um rio Senhor, que flui do Teu grande amor, águas que curam feridas...quero beber do Teu rio Senhor, sacia minha sede, lava o meu interior....

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