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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

EM MEU REDOR

A vida parece estar encontrando seu caminho para fluir. Vou ao trabalho, sem o menor estimulo. Ja como, pelo menos a ultima refeição do dia sem problemas, aos poucos a auto-estima sem exagero tem dado conta de que não se foi. Ja tento cores, ja tento cheiros. Ja rio em fotos. Ja quero mar. Ainda não dá para querer cinema, lasanha da baviera, shopping Jardins lotado, praia em Aracaju, tampouco o Saco.

Também não dá makes, e as camisas de Rafa ainda são obrigatorias para diminuir o peso da saudade.  Mas apesar da vida gritar aqui dentro e tentar por si mesma se levantar, quando invade a madrugada e o sono não chega, porque ainda não dá, ainda não durmo antes das 3 e meia ou quatro e meia, nesta hora em que sou eu, sua falta e os barulhos da madrugada, eu olho em meu redor.

Em meu redor, vive a solidao, a tristeza e a angustia. Tem dias que eles recebem a liberdade condicionada e dão uma volta na cidade, mas voltam a cela do meu presidio interior para apresentar suas identidades.  Nao precisam me dizer como foi o dia, mesmo que elas fiquem distantes, parece que sei de olhos fechados, tudo que são capazes de fazer.

Quando me sinto sozinha, apesar de cercada de gente, inevitavelmente te procuro em mim. Te busco em minhas entranhas, nas profundezas da maternidade instintiva, te procuro sentir, te procuro esconder, te procuro deixar em algum lugar em que meus olhos não precisam de ver, mas que meu corpo te percebe em todo meu mundo.

Em meu redor, por mais vazio que tudo possa parecer, eu te sinto, eu te meço, eu te amo.

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