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sábado, 25 de agosto de 2012

SEXTA DA FAMILIA

Ontem foi a primeira vez que meus irmãos voltaram em minha casa para fazermos uma refeição juntos.
Antes era comum, fazer uma almoço ou jantar para os aniversários, ou para testar uma nova receita, estrear uma nova panela, um novo ingrediente, saborear qualquer coisa juntos.  Minha casa, sempre recebia povo da igreja, minhas amigas nas noites de pizza e de vinho, minha família, casais de amigos. Sempre tinha alguma coisa.

Com a partida de Rafa, morreu a vontade.

Mas a vida continua, continuava, continuou. Nesta área para mim ainda não.

Mas de alguma forma, sem elaborar muito, e aproveitando o friozinho que faz esse mês, e com a desculpa de inaugurar uma das panelas de fondue, marcamos.

No inicio só zoação e brincadeira. Sorrimos muito. Mas teve uma hora que a tristeza, o choro, a saudade, a falta e a ausência fizeram parte da noite, e terminou com ela.

Eles falavam da falta, e diziam do tanto que  me entendiam em ter me afastado, em ter me isolado, porque sabem quem era Rafa e o que eu tinha perdido.

Eu não me sentia compreendida por ninguém, principalmente pela família, que assim como o resto do mundo, também julgam. Ate ontem, quando chorando falaram que não sabem como eu suporto, e terminamos a noite. Cheios de saudades.

Amanheci em seu quarto filho, cheia de você. Impregnada de lembranças e sentindo sua falta por todos os poros do meu quarto, mas dizendo, eles me entendem Rafa, e sentem muito, mesmo que não falem nem demonstrem.

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