Musica em minha vida. Sempre trilhei a vida ouvindo sons. Os sons do coração. Os sons que embalaram Rafael, os sons de sua ausência. Os gritos do silencio com sua partida e os primeiros sons que voltam a me invadir.
Inicialmente os sons do louvor que esporadicamente são soprados em meus ouvidos e permanecem dias em mim. Atualmente no carro, todos os idas ouço infinita vezes o louvor Quatro Estações de Kleber Lucas.
Neste louvor as duas primeiras partes da música tem sido profecia em minha vida:
Flores de maio, sol de verão
A primavera está chegando
É o fim da solidão
O pardal encontrou casa
E a andorinha ninho para si...
E eu os teus altares.
Nuvens e raios sobre o sertão
Avisa lá que está chovendo
É o fim da sequidão
Diz ainda que a gente
Conseguiu sobreviver à dor
E Deus mandou a chuva.
Fim da solidão, da sequidão conseguimos sobreviver a dor e Deus mandou a chuva. Essa tem sido a saída que tenho clamado, sobreviver, não sentir-se tão só e continuar dependendo do manancial de Deus.
Neste fim de semana, uma música diferente encantou o podium de meu coração. Ainda recentemente entoada, ainda dificilmente entendida, mas vivida da forma mais que esperada, pois anunciará o fim da sequidão.
Em todos os momentos de minha vida pós partida de Rafa, muita coisa quis compartilhar com ele, como fazíamos antes, ouvi-lo opinar, ouvi-lo aconselhar e finalmente ouvi-lo tirar onda de tudo, depois que a chuva passava, as vezes até durante a tempestade ele tinha a leveza de me tirar para dançar no meio do temporal. Sei que poderia dançar com ele hoje, em meio a chuva que molha meu jardim novamente.
O fim do louvor, a ultima parte, fala da chegada da primavera e em seguida do verão...que o sol torne a brilhar... Serão outros raios, e quiçá outras flores, porque as nossas gerberas e nosso lugar ao sol Rafa, isso nunca sairá de minha tez, de minha face e do meu coração.
Primavera e verão no outono
Ou inverno, então
O Senhor é o meu Pastor
Na alegria e na dor
Eu confio em Ti, Senhor.
Que nesta caminhada...o Senhor continue a guiar meu dançar na chuva, sem você segurando minha mão e nos meus olhos sempre, sempre carregando o brilho de seu olhar e quiça a ternura de seu sorriso a beijar eternamente meus lábios.
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