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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

ENFIM APAGUEI

Depois de três dias consecutivos sem dormir, sem descansar e esperando apenas que o sol substitua a lua e o frescor da madrugada, o calor do dia desabo, e enfim apago em um sono.

Zumbítico, daqueles que perambulamos todo o espaço, onde nenhum lhe acomoda decentemente, mas que você de fato corta sua relação coma  realidade, porque o cansaço é tão grande que dormir e não dormir têm os mesmos aspectos. Você não está ali, embora esteja. Fisicamente seu corpo se arrasta pelo espaço, psicologicamente você não faz ideia de onde esteja e o que percorre.

Enfim apaguei.  Hora do acidente, não estava acordada. Que alívio não tem aquela sensação de novo.  E não ter nenhuma outra porque de tão absorta em seu cansaço, você não sabe relatar o que sente, porque não é mais capaz de sentir.

Esperei muito tempo para apagar. Enfim apaguei. Cheguei a achar que havia sido premiada com uma dose de placebo, pois ha muito os remédios não me servem, não me apagam.

Enfim apaguei. E quando me dei conta, depois de quatro horas de torpor sonífero, a dor, ah...essa maldita dor lembra a cada fresta do meu corpo, que mesmo apagado, ela ainda o consome.

Enfim apaguei, mas ao levantar com as dores do mundo, e as dores silentes de sua falta...acendeu-se em todos os meus poros uma vontade incontida de você filho, uma saudade desmedida de te ver Rafa, uma chama consumadora de vida que me lembra que a morte...ah, a morte simulou essas horas de sono, e que ao me acordar de manha, demonstrava que tão viva pode significar, a cada dia, bem mais morta.

De tudo restam três coisas: o amor que nos une, o amor que nos leva e o amor que nos consome. Um dia esse amor consumirá toda essa angustia, e enfim apagar é acender para te rever.

Amor, meu amor...eterno amor, meu Xeberel.

Meu paizinho, meu Deus, que É AMOR...dói, dói demais não apagar.




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