Hoje recebi a visita de uma prima muito queria e sua filha, com apenas 02 anos, mas com uma precocidade fora do comum. Primeira vez aqui em casa, depois que começou a andar. De outras vezes até veio mas nunca subia. Dessa vez veio se despedir, estão voltando a Palmas, pois ela como um pezinho de pequi especial, precisa regar o coração do pai, que já tem dias distante delas. Mas não foi um adeus, não, foi um até loguinho, porque a princesa qualquer hora dessas vem de vez, e daqui a alguns anos, por seus méritos, deverá receber o título de cidadão sergipano, quer seja por suas proezas nas artes ou nas passarelas da vida.
Tanto tempo sem criança em casa, a ultima vez com uma tão pequena e precoce, como não lembrar de minhas sobrinhas, de Rafa de Cora, dos gêmeos de Déa, de Rodrigo e Larissa (irmãos paternos de Rafa) de Sidinho pequeno e do meu pequeno Rafa naquela idade. Mas nenhum deles, aos dois anos me descrevia todas as cores, todas as formas geométricas, conseguia diferenciar a tecla do telefone que repetia as mensagens da caixa postal, e o mais incrível, além de contar em ordem crescente e decrescente, falou o abecedário EM INGLÊS.
Fizemos um tour pelo apartamento, comemos besteira, pizza requentada de almoço, não tinha a preferida portuguesa, mas ela mandou bem na calabresa, com muita cebola, foi sua exigência, brincamos um pouco, ganhei alguns beijos e no quarto de Rafa nos fartamos com abraços e nos escondendo sob as cobertas e almofadas.
Rafa era apaixonado por minha prima, responsável pela preferencia de ovos ao leite que fazia sempre que Rafa ia para casa de nossa avó. Quando minha prima casou, foi a primeira vez que Rafa frequentou uma boate, cabelos nos ombros e fotos diversas com apetrechos que ríamos tanto. Uma das fotos ele odiava, mas nos divertimos muito naquele dia.
A minha pequena priminha genia, teve a mesma experiencia que Rafa no ultimo sábado. Foi ao casamento de uma prima de seus pais, e assim como Rafa no casamento de seus pais, meus primos, Maya arrasou na pista de dança, sua primeira boate, ou balada.
No fim da visita, enquanto ainda brincávamos no quarto de Rafa, minha prima olha para mim e diz em tom interrogativo, "Rafa ia babar não ia Annalu, com Maya?"...e eu disse, se ia Clesiane, ele ia ficar louco com ela, ele ia curtir muito.
Elas foram embora e eu chorei de saudades...da infância de Rafa, de meu Rafa e de quanto ele se alegraria em ver como Maya tem crescido e se tornado uma geniazinha, daquelas que topa tudo e aguenta qualquer folia. Rafael ia amar zuadar e tirar onda com Maya, e junto com Nane ia inventar outros papeis e fantasias para Maya desempenhar.
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