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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

DOR NO OSSO EMAGRECE, DOR NA ALMA EMPOBRECE.

Você já sentiu dor no osso? Nao faz ideia do quanto dói. Em 2005 por conta de uma tendinite calcaria e bursite no ombro direito, padeci de dor, a ponto de perder os movimentos do braço direito e depois do esquerdo, fazendo fibromialgia e consequentemente chegando a caso cirúrgico. Entre o processo de dor e o diagnostico, passaram-se quase dois anos.  Entre a crise aguda, com  internamento de 06 dias e a cirurgia, passamos 04 meses com fisioterapias e muitos, muitos remédios.  Na época cheguei a perder 23 kilos.

Ate hoje meu ombro dói muito. Mas bem menos do que no processo inflamatório. Talvez tenha sido a dor mais forte que eu já senti. Até que fui acometida, pela paulada da vida, da dor da alma, de uma tristeza que seca os ossos e resseca o coração, congela os olhos e devasta os sentidos...o luto empobrece a vida, mas não importância, parece que a vida ficou sem graça.

Tem uma passagem bíblica que Rafael adorava...a volta do filho prodigo e esse pai que ama, e que de braços abertos espera o filho...dá-lhe roupa, sandálias e anel no dedo.  Minha alma empobrecida, meu coração machucado guarda as roupas e as sandálias, seu relógio ainda lhe espera...e você não voltará, não darei uma festa para te receber nem te terei em meus braços mais uma vez.

Eu ainda não havia chorado hoje. Muitas dores espalhadas no corpo me fizeram tomar muitos remédios diferentes. Desde que você se foi, hoje enfrento a terceira infecção de garganta.  Estava muito voltada para minhas dores do corpo, ínfimas, tão ínfimas perto de minhas dores de alma. Mas é difícil voltar para casa e ver a dor estampada neste vazio. É dificil aceitar a falta de você.  Vou comprar um cachorro filho, para preencher alguma coisa, nem estou certa disso, mas preciso fazer alguma coisa, ter alguma responsabilidade para não sumir daqui, porque cada dia é uma luta diária para continuar aqui, esperando não sei o que, lutando não sei porque.

E mais uma vez com os olhos banhados e a voz embargada eu queria muito ser o pai do filho prodigo, porque aquele filho voltou para casa, e eu nem faço ideia de quanto tempo terei que resistir aqui, até que você também possa estar novamente em meus braços.

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