Total de visualizações de página

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

UMA FLOR SE DECOMPOS

Tomei um susto quando fui arrumar e limpar os comodos hoje. Ao entrar em seu quarto. Nao tive como me refazer e ao longo do dia nao pensei em outra coisa senão nisso. Acho que nao consigo nem escrever, mas tenho que enfrentar.

Apesar de limpar sempre sempre tudo, como um momento terapêutico, como se afastar a poeira, ou a limpeza e o esforço físico que faço,m me fizesse suar e assim colocar para fora todas as bombas químicas me garantem com sorte 05 horas de sono, entrei em seu quarto e tomei um choque, estava de fato pensando e falando em voz alta contigo, dizendo o quanto dói ir naquele lugar e te deixar ali.  Falei o quanto me doía e que eu tinha vontade de pegar um martelo e quebrar aquilo tudo e te abraçar e te trazer para casa e pensava como ia te achar o que ia te dizer, com quem que eu podia contar para fazer isso, e de repente a flor sumiu de sua escrivaninha e no lugar, um monte de pó.




Que dor, que absurdo essa vida nos submeter a isso tudo. Você era a unica coisa que eu tinha, a unica da qual me orgulhava, você era especial aos meus olhos, e aquela flor, nossa ultima relação de toque ali desfeita me chamava para a realidade que eu teimo em não aceitar. Como pode ter acontecido isso com você, comigo, conosco.

Hoje filho é finados. Sei que não é o fim para você. Sei que não é um ponto final, apenas um ponto de continuação. Eu estou parada na interjeição da vida, não sobrou nenhum acento para que eu continuasse filho a escrever a nossa historia.  Espero ansiosa que as cortinas se fechem e as luzes acendam em outro palco, onde eu possa novamente te ver atuar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário