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quinta-feira, 21 de julho de 2011

NESTE JOGO NÃO TEM BANCO DE RESERVAS

Ontem teve jogo do Flamengo, nosso time! Rafael era flamenguista e com orgulho falava dos feitos e mal-feitos do time, mas também vibrava a cada jogada, abria a porta do quarto e comemorava cada conquista, mesmo que de fino na trave.

Há 11 anos eu trouxe um boné da torcida rubro negra que visitamos juntos no Rio de Janeiro, e mesmo sem caber nele direito usou a vida inteira, ate que em 2009 encontrou um flamenguista também apaixonado como ele, o amado Boa, a quem Rafa deu um dos bonés.

Seu avô deu uma camisa do Flamengo, um presente que ele usava todo o tempo, independente da campanha que o time fizesse.  Ele dizia que  Flamengo era muito mais que situação, e cantava parte do hino, uma vez...sempre.

Ontem não vi o jogo, nem quis saber de noticias depois nos telejornais.  Pensei que ontem seria um dia para ele comentar sobre a campanha do time, e hoje pela manha eu perguntaria a ele sobre o resultado e sobre o desempenho. Nem liguei, para ser sincera, nem lembrei que o time havia jogado ontem.

Mas assim que sai de casa, me deparei com uma torcedora também apaixonada. Sua tia. E no peito, um troféu, as siglas do Clube de Regatas carioca.  Lembrei de você, mas tentei tocar o dia.  Lá para tantas, perguntei..,era a camisa dele? Ela disse sim...pensei cá com os meus botoes, ele ia gostar.

Passei o resto do dia e ao final alguém quando soube que você partiu sugeriu amores substitutos para preencher o seu lugar. Retruquei.  Só queria dizer filho, o que sempre havia te dito, há muitos anos, aconteça o que acontecer, esteja onde estiver, tenha quantos filhos tiver... ninguém ocupa o seu lugar, meu amor é único e impar.

Engraçado as necessidades que as pessoas tem de ocupar o vazio, de dar um jeitinho para essas coisas, mas queria ter um carimbo bem grande na testa dizendo: meu filho é insubstituível. O lugar dele não esta disponível, para estes casos, um amor não curará o outro. Acredito, com certeza, que agir assim, como as pessoas têm feito, não ajuda a quem perde, pois dizer que tem outro filho, ou no meu caso, que poderei ter outro, porque sou nova, não diminiu a dor e a ausência sentida.

As vezes me sinto como se estivesse em frente daquelas caixas de sorvete, aqui na minha época era de picolés da Cinelândia, na época de Rafa, já eram os do Picuí, mas não importa, fazendo um calor danado e a unica coisa que pode remediar o calor são aqueles picolés, é como se eu estivesse ali e quisesse tomar um picolé de determinado sabor e como aquele sabor não tem as pessoas insistem para que eu tome de qualquer outro. Só queriam que entendessem que não foi o sabor do meu picolé que acabou, sumiu foi o isopor mesmo, não sei mais tomar picolé, perdi a vontade, e isso não pode dar o direito as pessoas de me julgarem a ponto de definirem, através de seus conceitos e opiniões, que tipo de sabor eu deva experimentar agora.

Neste jogo, eu não podia ter banco de reservas. Meu  jogador era a minha equipe inteira. E muitas vezes meu técnico, tinha condição de comandar e habilidades para decidir a jogada, mas sabia trabalhar em equipe, e por isso, o máximo que posso pedir, para aqueles que não sabem avaliar as jogadas, que não têm o apito na boca nem a bandeira na mão, também aos que não sao donos da bola, nem do estadio onde o jogo foi marcado...que façam um minuto de silencio, meu craque partiu e suas jogadas não podem ser creditadas a nenhum outro atleta.


MEU NUMERO 1. NUMERO ÚNICO. SOU SUA MAIOR FÃ.








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