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segunda-feira, 4 de julho de 2011

MINHA NOVA CIDADE

Eu queria fundar uma cidade, mas queria que ela fosse diferente. Mesmo agora sem você por perto, eu queria que ela tivesse a sua cara, como as da cidade em que me perco usualmente e nos últimos dias em pensamento.

Eu vejo as ruas movimentadas e as pessoas amistosamente convivendo umas com as outras. As pessoas se conhecem e se cumprimentam muitas vezes durante o dia e de forma muito carinhosa.  Nesta cidade, não vejo mal humor, não vejo rebeldia, não vejo intolerância. As pessoas se divertem de forma natural só porque vivem.

As casas tem espaços para as pessoas se curtirem em família, mesas fartas e reuniões frequentes de pessoas que se amam, em especial em todas elas têm um objeto que você usava, tem um exemplar de suas coisas, eu podia te enxergar em todas as casas.

Nas camas dos pais sempre tinha espaço para os filhos, e nesta cidade eles podiam pedir para coçar as costas varias vezes que quisessem. Penso em casas com quintais e muito espaço para receber os amigos, quero moveis confortáveis onde caibam pais e filhos juntos inseparáveis. Penso em festas onde todos os amigos são obrigados a comparecer,  a ninguém era dado o direito de faltar.


Queria retratos e muitos espalhados pelas casas dos filhos em varias etapas e momentos da vida, mas os rostos dos filhos tinha um não sei o que de familiar, eles lembravam o seu rosto.  Nesta cidade não havia doença, tampouco morte ou separação, as pessoas não sabiam o que era perder, tristeza ou dor.


Talvez pudesse ser um lugar tao lindo como o Saco, mas com o  nosso cinema, que passasse apensas filmes que nos emocionavam de alegria,  e lá na cidade todo mundo tinha que experimentar o picolé de coco do posto, a lasanha que você comeu antes de partir, o caranguejo do domingo, pastel de aratu, ver os melhores amigos sempre, descer as dunas com emoção e ter o direito de voltar para casa em paz, inteiro e feliz.


Na minha cidade só não queria motos e cavalos...eles não combinam mais com felicidade. Feliz cidade, foi a que imaginei que viveríamos ate ficarmos mais maduros, ate eu virar de fato uma anciã, como você dizia. 


A cidade onde moramos não é assim, ela tem um defeito muito grande...hoje um defeito irreparável, não tem casas onde possamos receber todos os nossos amigos, nem os moveis cabem pai e filho e as fotos de todas as casas não refletem você, e acima de tudo... não tem mais você, apesar de ver você em todos os lugares por onde olho, ando e penso.


Amo voce...




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