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sexta-feira, 6 de abril de 2012

Paixao de Cristo

É inconcebivel para qualquer um de nos dimensionar o tamanho da dor de Cristo em sua crucificaçao. Por mais didatica que nos apresentem as explicaçoes e que se simule todo seu sofrimento, nunca saberemos medir o tamanho daquele sacrificio por mim, por voce, e por Rafa.

Uma das musicas que Rafa chegou a tocar na igreja, versao de uma musica estrangeira, em dado momento falava que nao saberemos o preço que foi pago lá na cruz. Pois é hoje compreendo com outra medida o que o autor da musica defendeu. Por mais que imaginemos a dor, nunca a sentiremos.

Na minha caminhada em busca do Senhor, acho que em janeiro de 2006, eu estava lendo um livro que falava sobre os estagios do pecado, e naquele ano, à medida que avançava na leitura do livro tambem avançava na compreensao do que significou a morte de Cristo, porque Ele tinha intimidade com o Pai, ele fazia parte da Trindade, e quando assume os pecados do mundo, por mim e por voce, ali em Seu sacrificio, rompe-se momentaneamente Sua relação com o Pai.

Chorei imensamente ao perceber o tamanho da dor e de Seu clamor quando indaga ao Pai o porque de te-lo abandonado.

Nesse processo de luto, perda, tristeza, revolta, solidao, etc., tambem clamei muitas vezes e chorei implorando a Deus por uma soluçao, um consolo, um remedio. Tambem me senti abandonada por Deus. As vezes tambem penso besteira, a palavra de Deus trata a mulher de forma especial, principalmente se analisarmos o contexto historico onde mulher e criança não são nem citados, nem contados, como eu digo em alguns momentos, naquela epoca nos eramos a terceira pessoa depois de ninguem em grau de importância. Mas para Deus isso era diferente.

Mas para o Senhor desde o papel de Eva, a escolha da virgem para ser a mae de Jesus, o papel confiado a mulher, a ajudadora, a capacidade dada a mulher de gerar o filho no ventre, quando penso nisso, vejo o olhar especial de Deus para sua criatura. Ser mae...

Hoje, onde o mundo religioso se prepara para a pascoa, eu vivo a crucificaçao. Ainda estou no estagio das perguntas...pai, por que me abandonaste? Onde o Senhor estava enquanto eu perdia meu filho? E o Senhor sabe o quanto doi perder, por que permitiste? No fundo, sei que Deus é Deus e não deixou de ser soberano em nenhum dos meus momentos de revolta. Deus continuou onde sempre esteve, a minha dor é que não permite que eu veja muita coisa.

Continuo sem saber dimensionar a dor de Cristo, por mais que eu me esforce nunca chegarei a sentir o que Ele sentiu. Assim como as pessoas nao chegam perto de minha dor. Tambem nao sei dimensionar a dor do pai que perde o filho para fazer Sua justiça. Mas peço todos os dias que ele cuide de Rafa, meu filho, porque apesar de Rafa ser Dele, nao deixou de ser meu, e tem sido dificil sobreviver a essa separaçao. Sinto-me injustiçada, as vezes me sinto culpada, depois revoltada, em alguns momentos de muito pesar o sono me abate, tenho vontade de dormir e nao acordar. E sei que tudo isso nem se compara a paixao de Cristo.

Ano passado, Rafa me liga de Sauipe pedindo que eu escaniasse a certidao de nascimento com a emancipação e enviasse para o e-mail dele. Fiz isso, e em seguida ele me responde...obrigada mãe, se cuide, te amo. Foi a ultima semana santa de Rafa, de lembrança guardo uma foto linda de seu perfil, com uma camisa lilas que eu a dei. E para amenizar vejo as fotos dele tocando a musica que falo no inicio da postagem. Nisso tem se resumido a minha paixão.

E por conta da Paixão de Cristo, vou reencontra-lo filho um dia, e neste dia, alegria reinara novamente, acabou o sofrimento e nossa separação.



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