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terça-feira, 17 de abril de 2012

GRITARAM SEU NOME E EU EMUDECI.

Um dia como outro qualquer, onde o silencio e a solidão são meus fieis companheiros. Mas não andam sozinhos, eles me visitam diariamente, e noturnamente com mais amplidão, e aparecem de maos dadas com a saudade, o vazio, a dor e o amor. Em dias mais cheios trazem tambem um pouco de nostalgia, de angustia e de revolta. Mas nestes dias de coração cheio eu aprendi a lidar: ou saio de casa para não antecipar minha partida ou durmo mais de 24 horas, com a ajuda dos laboratorios farmaceuticos, dando sempre preferencia a primeira opção.

Hoje foi um dia comum, sem o desespero dos dias cheios, mas com o vazio de sua falta e com a dor de viver sem você. Fiz as coisas de sempre, manter a casa em ordem, o basico da higiene pessoal, olhada nos e-mail's, tentativa de leitura, planejamento de coisas que nao faço, como o imposto de renda, que só em pensar no dependente, já desisto de fazer, e tentativa de voltar a cozinhar, também em vão...refeição para mim e na mesa, e nunca sozinho, então, todos os planejamentos furaram, desisto e invento outra coisa.

De repente ouço um grito forte subindo pela janela e enchendo o apartamento, oarei no corredor, faltou até ar, antes que eu pensasse quaquer coisa, o segundo grito, numa voz feminina estridente, como a minha, gritaram seu nome, eu emudeci. De imediato eu choro, sei que voce nao responderá,isso me apavora, apesar de ter te chamado tantas vezes por esses corredores no intuito de desabafar, hoje era inedito. Era outra voz, mas era seu nome, cono se voce fosse unico...pois é para mim. Nunca doeu tanto ouvi seu nome.

E no meio do meu amargor o seu chará respondeu bem alto. Ah, filho...tive que correr de casa, tive que sair sem rumo, sem lenço, sem passado, sem futuro, só com o meu presente vazio...seu nome ecoava em minhas paredes e eu não conseguia ouvir você respondendo...senhora...

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