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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

DE MIM AGORA, SÓ TIRAM À FORÇA.

Uma coisa posso dizer que a partida de Rafael me deu...a convicção de que não tenho mais nada a perder, e que por pensar assim, não virei abestalhada (como falamos por aqui), não fiquei altruísta ou benigna alem do que era, simplesmente muita coisa perdeu o sentido ou a importância, mas não transferi para os outros a competência para decidir ou desfrutar sobre as coisas que perderam o sentido para mim, eu só não dou mais nada que eu não queira, é bom pensar assim.

De mim agora, só tiram à força. Isso tem valido para tudo. Esse negocio de dar trocadinho pelo medo, pela ameaça, pela cara feia, pelos gritos...acabaram. Hoje se eu quiser dou se não vou brigar de tapa, não tenho o que perder...Não virei violenta, arruaceira, barraqueira, mas é como se eu tivesse perdido o medo, de morrer, de viver, de dizer não e de fazer questão. Hoje faço questão de tudo que acho que é de direito.  Tudo bem que ainda é muito teórico, estou programando a minha mente para dirigir as minhas ações em conformidade com as minhas novas regras.

Talvez até bem distante do padrão de Rafa, ele era super generoso, mas eu não estou falando em tomar o que não é meu, estou falando que não abro mais mão para não querer confusão, estou falando que agora só levam no tapa porque aprendi a gritar, estou falando que agora de graça, nem meu sorriso, cada vez mais escasso.

Não sei se isso passa, se é apenas um reflexo da dor, da ideia de ter sido tomada de tudo, da ideia de ter tido a casa arrombada, desarrumada e lhe furtaram a coisa mais preciosa que você tinha. E mesmo sendo fruto de ação de Deus, e mesmo eu no fundo em paz porque Rafa esta bem, mas completamente desnorteada por essa saudade louca incessante e que tira o sono e rouba essa paz,  ah...mesmo sendo permissão e chamado divino...dói acho que dói independente da causa mortis...voce perdeu, para Deus, mas perdeu, pelo menos aqui.

Então diante dessa dor, eu me vejo cada dia mais dura para vida, é assim se deu deu, se não, o problema não é meu. Só resolvo se for meu...é este meu atual processo. Individualismo ou covardia? Falta de Deus? Não, excesso de sinceridade com uma dose abusada de quem se deixou ser lesada quase toda a vida...Sabe quando você sente que a pessoa que mais foi lesado por conta de suas escolhas teve um prejuízo que você não pode ressarcir? Eu me sinto assim, e esse processo é demorado, porque eu não podia ter evitado, mas queria desesperadamente fazer isso.

Hoje foi um dia difícil, um dia em que você tem que redobrar a guarda, mas a sensação é essa, de mim já levaram tudo, agora até um papel de bala...só tiram à força. E como diz Mário Quintana: "‎...E que fique muito mal explicado. Não faço força para ser entendido. Quem faz sentido é soldado." 

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