Total de visualizações de página

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

VOLTAR PARA CASA SEM VOCE

À medida que a estrada acaba eu tenho que voltar para casa. Deixo sonhos e algumas decepções para trás  mas nada se compara ao vazio da casa sem você.

Voltar para casa, não ter seu abraço no hall da parada, ou o teu beijo na porta de casa é um lamento ao meu coração, meu filho.

Abri a porta de casa, e saber que não tenho para quem voltar, ou porque voltar muitas vezes me traz o desejo de não voltar. Não há uma historia para continuar. Todavia, ficar longe de nosso universo aqui, me dói profundamente, é como se eu tivesse abandonado nossa historia.

Em 1994, quando eu voltava do concurso você desistiu de mamar. Passados 18 anos, a sensação era que você tinha desistido de mim. As vezes penso assim filho, que você desistiu de mim. As vezes sinto tanta raiva, como se você tivesse tido a chance de escolher e preferiu ficar aí, ou porque acho que você ia articular com Deus e de alguma forma me levar também.

Pus as bagagens no chão e fui direto para o seu quarto. Permanecia vazio.  Ali supliquei um pouco de sua presença. A sensação de voltar sem seu presente, sem pedir sua benção, sem te dar o beijo de batom na mão e sem te fazer o relatório é o pior castigo para voltar para casa.

Adormeci e te esperei em sonho, mas dessa vez, nem o sono colaborou porque a saudade doía pelo corpo e tirava a paz.








Nenhum comentário:

Postar um comentário