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segunda-feira, 3 de setembro de 2012

AINDA TENHO UM MEDO

Depois de dias sem dormir, achei que fosse natural, inclusive pelo cansaço, achar fragmentos de sono. Mas o desespero é maior. Dividir contigo meus anseios nesta hora. Dividir as culpas, os medos, ouvir os conselhos e rir das minhas baboseiras contigo. Terminar a conversa na cozinha ou vendo um filme no DVD.

Hoje eu queria colo, eu queria festa, eu queria paz. As vezes acho que perdi a capacidade de acreditar. A capacidade de sonhar dura tão pouco, não sobrevive ao próximo pensamento.  Lutar contra mim mesma e enfiar minha crença goela abaixo, é o maior desafio.

Tem horas que acho que só atirando para todos os lados para ver se uma bala pára em algum lugar que mereça ser retirada. Tem horas que falta até a vontade de mirar o alvo, mesmo que sequer o tenha definido. O simples fato de mirar já consome o lampejo de disposição que restou.

Eu imagino coisas bem loucas, tipo ir para o lugar mais próximo do céu e com um ultra megafone, gritar e dizer como sufoca isso, porque as vezes acho que estão todos surdos. Não é possível que não tenha remédio para isso.  Não pode ser um serviço voluntário, um namoro, o trabalho ou outro filho. Isso é como fogo que não pára de queimar.

Domingo não postei, e chorei muito pouco é verdade. Diferente da sexta com dor e decepção e do sábado, que mesmo longe de casa, e fazendo coisas e atividades que as pessoas dizem fazer bem, meu rombo no coração estava ali insistentemente presente.  Depois veio a segunda, inevitavelmente sofrida.  É sempre assim, um dia menos infeliz e no outro dia, a culpa em tentar viver.  

Podia ser mais leve, mas não é.  A verdade em dias assim, é que eu queria te trazer de volta, de tirar dali, te deitar na cama, te fazer carinho, coçar as suas costas, e como eu reclamava de fazer isso. Faria hoje até perder as unhas.

Uma vez eu disse que não tinha mais medo depois que te perdi, descobri recentemente que é mentira. Tenho medo de te decepcionar. Esse continua. Tenho medo de escolher errado novamente, de fazer errado, de te envergonhar.

Talvez tenha outro, de nunca mais te ver.  Sei que você é especial demais,e tinha um coração de ouro e pode ser que eu não esteja a sua altura.




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