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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

MINHAS CAMISAS

Hoje fui instigada a pensar de forma mais incisiva sobre o que significam minhas camisas. Minhas camisas com as fotos de Rafa, e meu uso cotidiano delas.

Não sei como começou, ou sei, na missa de sétimo. Os amigos de Rafa fizeram a arte da camisa, a foto, e me deram uma ideia, escrever atras da mesma. Plotei com uma carta que ele me escreveu.

Naquele diz fiz duas camisas, naquela semana mais duas, e assim começou meu processo. O único lugar que comecei a ir nos dias que não queria ninguém por perto, eu fazia camisas, e enquanto eu escolhia a foto, o foco, as bordas, o clipart, a musica, a poesia, o recado, o embalo, o sonho, o lamento, a saudade, a imagem, etc. Eu ficava fitando Rafa ali naquela tela e com as diversas oportunidades que ela me dava.

E assim fui fazendo a centena de camisas que tenho hoje, e por mais que eu imaginasse que um dia ia parar de usa-las, ainda não imagino usar todos os dias. Ainda não sinto vontade de não sair com elas, e me pergunto por que? qual o sentido de usá-las ainda?

Não sei, eu gosto. É como se eu pudesse vesti-lo, é como se eu não deixasse que o mundo o esquecesse e como se eu mostrasse ao mundo que eu ainda tinha ele, de alguma forma bem presente em mim.  E talvez a forma de dizer, não sou mais aquela, não sei quem sou, mas não sou mais aquela, e por isso não cobre determinadas reações e características, porque não tenho mais ele, nem a companhia nem a alegria palpavelmente disposta em minha vida. É como se ele fosse minha bandeira, minha mensagem.

Sei que ele esta dentro de mim, e talvez por minha necessidade de ficar tanto tempo com ele, eu não tivesse vontade de sair para o mundo, de sair do meu mundo, porque aqui em casa ficar todo o tempo vestida em Rafa não provoca em ninguém uma nostalgia ou um constrangimento, por isso não queria sair daqui, aqui era eu e minhas camisas.

Ainda não estou pronta para sair para o mundo e para despir-me de suas camisas.

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