Acordei com a mesma sensação e na mesma hora daquele dia 23... Um telefone, apenas dois toques e minha vida de cabeça para baixo e em minha casa se instalaram a incerteza, a perplexidade e a tristeza.
Depois cada um trouxe seus amigos, descrença, vazio, revolta, inércia, desgosto, não aceitação, lembrança, dor, angustia e conviviam bem e intensamente pelos corredores da casa, usavam todos os assentos disponíveis e depois trocaram de nome, se diziam luto.
E com esse nome se instalaram. Nao ocupam a casa inteira, hoje ficam pelos cantos, mas quando a saudade me acorda todos os dias eles abrem os Armários e fazem companhia. Hoje eles não se esconderam, fizeram confraternização todo o tempo afinal são 19 meses sempre juntos.
Acordaram-me como antes, as quatro e pouco e me arrastaram até seu quarto, me apresentaram velhos conhecidos que a memória e a lembrança nessas horas sempre trazem e com o coração apertado eu os desafio todos os dias que luto para não me entregar pensando num jeito de arrumar toda a bagunça que sua falta em minha vida provocou.
E ainda assim, no meio disso tudo tem horas que sinto paz...a sua paz...
Saudades filho...nem preciso falar quanto dói esse 23 neh?
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