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segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

DEVIA SER PROIBIDO MORRER PERTO DO NATAL

Eu raramente faco chek in no face.

Acho que nunca fiz, embora alguns amigos não perdoem, e lá estou avisando por tabela, ao mundo, onde, com quem, como, porque, Etc. Mas hoje, hoje eu queria fazer e ter a certeza que ele curtiria.

Andei no centro da cidade. Rápido, correndo, sem dar importância para o frisson e a agitação das pessoas, mas notando todos os arcos com a decoração de Natal.

Queria dizer a ele...eu fui filho, foi rápido  mas em cada ladrilho, em cada pedra da calcada eu via seu pezão 44 brincando enquanto corríamos nos anos anteriores por ali.

Chegava a sentir o gosto amargo. 

Desconheço alguém que gostasse tanto de Natal como Rafa.

Ele amava o sentido, os preparativos, o clima, as compras, a atmosfera de perdão  as reuniões de todas as tribos, as nossas, as comidas, os presentes...e nossa casa.
Durante os últimos 15 dias primeira vez que fui em casa almoçar.

Alias, passar em casa na hora do almoço ..e apronta-la para os festejos...roupa de cama nova no quarto dele, o sapato ao pé da cama esperando o presente que não tem sentido receber, e que não sera aberto, o tapete musical que ele mesmo comprou na porta do quarto e o barulho, as vezes melodioso, as vezes intolerável  dos nossos papais noéis e outros objetos.

Ouvi tudo e os guardei...como se pudesse guardar o Natal ou esconde-lo. 

Era o meu desejo...

Hoje vi uma amiga enterrar o pai...e me questionava, porque Rafa não passou por isso...alguns anos a mais e ir depois da gente.

Devia ser proibido partir perto do Natal...e devia existir uma maquina para esconder o Natal para quem fica.

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