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quarta-feira, 24 de abril de 2013

MINHA MASCARA

Ha tres semanas voltei para uma reuniao de oracao. Menos de 10 pessoas que se reunem semanalmente para estudar a palavra de Deus, para orar,para comer um bolo delicioso e para solidarizar-se. Fiz parete desse grupo em 2009, e em 2010 e 2011, ate o ocorrido com Rafa, participava em outro. Desde entao, fiquei longe e alheia a qualquer tentativa de aproximação às pessoas, e a voltar para Deus.

Eu imaginava que à medida que o tempo fosse passando, eu perceberia a clareza real das coisas.Mas a verdade, é que ate agora imagino que nada foi real. No fundo sempre espero que aconteça alguma coisa que mude essa cruel realidade.

Serenidade parece que se desconecta da gente na hora em que recebemos a noticia da morte, e parece que perambula por nossas vielas emocionais durantes longos vastos anos para nos mandar lapsos recados de que um dia quem sabe volte mesmo.

Hoje no meu pequeno grupo, uma atividade. Fazer uma mascara que nos represente. Sabado eu postei uma foto minha, sorrindo,e na legenda eu dizia, em dias, muito, muito tristes...eu finjo qus estou bem. As pessoas curtiam e comentavam, lindo seu sorriso. A mim, no intimo, era lido nas entrelinhas...nossa como voce finge bem.

Minha mascara, era parda, confeccionada em papel madeira, contornos amarronzados, disforme, olhos fechados, lagrimas escorridas pela face, ate o final da mascara, e uma boca cerrada. E na cabeça uma grande interrogaçao.

O que ela representa? A mim mesma. Hoje eu me sinto contida na mascara. Ela me continha completamente. Minhas faltas de respostas de inumeras indagaçoes. Minha forma, alias minha disforma, irregular, porque nao sei quem sou mais e quem fui nao cabe na mascara. meus olhos cerrados, nao enxergam um futuro proximo, minha boca cerrada sem expressar emoçao, sentimento ou palavra e a sensaçao de que estou perdida, mas não tinha bussola.

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