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domingo, 14 de outubro de 2012

VOLTANDO PARA CASA

Voltar para casa é como olhar uma estrada pelo retrovisor.


Voce é o ponto fixo onde cada vez que olho para ele me perco do resto do mundo. Há setecentos quilometros de casa, titubeio em voltar. E eu que nao queria me afastar um só momento daquele cenario, do da nossa historia, hoje me vejo resistente a voltar para ela. Voltar para casa embora me traga novamente para nossa vida, tambem me raz para nossa morte,porque eu ainda morro todos os dias sem te ver.

Conto so quilometros que me separam de casa e somo aos dias que me afastam de voce, nenhuma das contas fecham, elas sao incapazes de serem percebidas por mim,incapazes de serem notadas de forma racional. Deveriam construir um medidor de dor, e sómassim saberiam que ele é obsoleto para medir a dor de mae ao perder filho. E hoje, por mais que eu defenda que quem tem varios e perde um sente a mesma coisa que eu, voltando para casa e nao tendo nenhum para abracar ou para abencoar antes de dormir, me doi bem mais do que se tivesse alguem esperando meu beijo de boa noite, ou questionando-me se fiz boa viagem.

Volto para casa e nao para voce.

Por isso ao inves de dormir em dias assim, onde te procurar e nao te achar maltrata muito, hoje eu busco sair de casa, viajar e fugir da realidadd, fingir que nao sou eu, fingir que nao tive familia, e ate ensaiar sorrisos e fotos de book, ate que a hora de largar a carruagem e voltar a ser borralheira chegará, e ao voltar para casa perceber que hoje a minha casa é a sua lembrança, as nossas memórias e a minha dor.

Ela vai comigo e volta vazia sempre, porque aonde eu for sempre terao lembrancas de quando eu era o seu par.

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