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domingo, 7 de outubro de 2012

UMA DECLARAÇÃO DE AMOR

Voltei a igreja hoje. Mas não fui a minha igreja, mas a uma igreja que tem uma historia para mim. A igreja onde Rafa aceitava todos os dias o apelo. Onde Rafa se engajou no movimento de jovens. Talvez onde Rafa mais tenha tocado.  Fui num culto  normal, nada de especial, nem esperando nada, nenhuma estrela de fora, nenhuma grande ministração, nenhuma comemoração especial de igreja alguma. Desejei não ser reconhecida por ninguém  não por nada, simplesmente porque hoje era dia de ficar eu e eu comigo mesma.  

Hoje a história de sucesso familiar dos outros esbarrava em meu fracasso. Hoje eu sentia inveja e ciume até de politico não eleito, e olhe que sentir ciume de politico já é coisa doentia, com raríssimas exceções, e de politico não eleito mais ainda, mas é que nas aparições de todos eles, sempre tinha uma família por trás com mulher e filhos, um pacote completo. E meu pacote cada vez mais vazio, porque tem dias que até eu me falto, como hoje.

Fui ao culto numa igreja especial para Rafa, talvez a igreja que mais tenha dado oportunidade a ele. E dessa igreja na missa de sétimo  um casal de lideres do movimento jovem da igreja me abraça e ao me consolar fala da benção que foi ter Rafael com eles e me dizia do batismo do Espirito Santo ocorrido num encontro de adolescentes. Eu precisava daquela palavra, o ultimo abraço durante a  referida missa. 

De alguma forma, eu orava a Deus por isso, a gente pensa tantas besteiras na hora que perdemos nossos filhos e nos momentos que se seguem que precisamos desse cuidado de Deus, enviado através das palavras que nos orientam e nos cuidam. Aquele casal me cuidou.

Esperava naquela igreja hoje um monte de coisas que começam a fazer falta. Um louvor de adoradores, com um ritmo celestial. Uma ceia, talvez. Uma palavra profética me dando direção ou descobrir uma coisa nova, diferente, sei lá.  Mas no fundo, eu achava que ia ter de pregação uma bronca de Deus, um puxão de orelha, uma palavra de admoestação, de chamada de Pai que quer corrigir um filho.

Emocionei-me. Tinha amor. O amor de um Pai por um filho. O amor do Pai por mim, um Espirito Santo que se manifestou e uma declaração de que não importa o furor do mar, Ele continua me amando e no controle de tudo.

Hoje foi um domingo difícil  e bem diferente do que planejei. Deveria ser de festa, mas não foi. Quis estar só,  como me sinto a maior parte do tempo, ainda que cercada de gente e com o coração se manifestando outra vez.  Ainda assim, pude sentir o amor de Deus, e a mais bela declaração de amor, de quem se entregou por mim. Meu Deus, meu Pai.

No fim do dia, em companhia de Cora, minha amiga de fé, irmã camarada, e com os meus sobrinhos postiços, na voz de Rafa de Cora (e muito meu), ouço  a mais linda declaração de amor...criada pelo Pai, e posta ali naquela voz e com aquele olhos brilhando,  falando ao meu coração aquilo que meu Rafa me falava sempre, com a mesma alegria, que acho que só os Rafaéis são dotados.


Um comentário:

  1. Doce Anna, é o começo, sei o que sentiu, pois foi exatamente assim que me senti, Deus está o tempo todo ao nosso lado esperando uma oportunidade para fazer a diferença onde ninguém mais irá fazer.
    Dissestes bem; Esperamos que Deus nosso Pai Eterno venha nos corrigir, pelas nossas atitudes e pensamentos, porque isso que as pessoas fazem por não nos entender, em vez disso encontramos um Pai Amoroso que age através de outros seres que estão sensíveis a sua voz, nos dando amor, compreensão e uma nova visão do que será o nosso futuro sobre os seus cuidados.........
    Abraços bem apertadinhos.

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