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domingo, 4 de novembro de 2012

OBRIGADA


Neste processo de perda, ou de se refazer dela, muitas etapas foram vivenciadas.  Não foi fácil passar por nenhuma delas. Não tem sido fácil ainda, já que devo estar vivendo alguma nova etapa.
Ultimamente me debato para voltar a Igreja. 

A cada visita, era a impressão de uma nova ferida. Até que no dia da eleição, eu me surpreendo com o amor do PAI. E embora muita gente cobre o meu retorno, há que se falar que sempre quis retornar. Aos quinze dias, estava lá no seio da Igreja 12 de agosto. Semana seguinte, ainda antes de um mês, fui acompanhando minha mãe ao Seminário de Mulheres da Renovada. Mês posterior, andando de mãos dadas, fui a algumas visitas a Sara. Em agosto de novo na 12 no aniversario da Igreja. Algumas visitas a Verbo, a Independente, e a bancos de outras várias desconhecidas onde era obrigatório chegar antes da pregação e depois do louvor e sair antes do apelo.

Meus pastores sempre na brecha intercedendo, mas encarar a Igreja ainda me era muito penoso. Eram muitas lembranças e muita revolta.

Mas a cada nova tentativa, muita hemorragia. Um louvor, uma mesma palavra (como Jó me perseguia) ou sempre uma das viúvas (de Naum ou de Sarepta) ou alguém que tinha o filho curado ou ressuscitado. E eu sempre achava que voltava para casa pior do que ia. E ainda as inúmeras vezes que o grupo dos impares me visitaram, para um louvor que me faz falta.

Não é fácil permanecer amando ao Senhor. E confesso que não O quis muitas vezes. Tentei desistir dele todo o tempo, Ele que não desistiu de mim.  Fui e sou muito amada por Ele e por quem Ele levantou para interceder por mim. Ouso dizer que no país inteiro, porque desde o blog, as igrejas, as famílias e os amigos se levantaram com uma palavra de intercessão, de força, de oração, mesmo quando eu não estava disponível para ouvir.

Obvio que não tem só coisa boa dentro de relações espirituais e religiosas. Muito dos valores humanos as vezes falavam mais que os valores cristãos. Muitas vezes as pessoas não confortavam, mas tentavam ensinar doutrinando naquilo que julgavam necessário, sem medir ou se colocar nas mãos de Deus para ministrar o que quer que fosse em minha vida.   Vinham na própria força, e isso me afastava das pessoas e de tudo que elas representavam.

Hoje voltei a Igreja. Pela manha, a bronca de Deus, um culto só para mim. Mas a tarde eu e meu coração travado e fechado, so conseguia aproveitar uma coisa. Deus levantou muita gente para andar comigo, e minha mãe foi quem carregou a parte mais indigesta. Minha família convivia com meu mal humor e revolta os 150 dias seguintes, porque depois disso eu entrei no meu involucro e começo a sair agora. Neste involucro, duas pessoas conseguiam com muito custo penetrar. As duas hoje estavam ali, rindo e chorando, e compartilhando a minha primeira oração em voz alta, em publico,  desde que perdi Rafael.

Coracy Schueler e Nivia Barreto, amo vocês, e obrigada por se fazerem tão presentes e tão irmas...

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